EPSiT – Tratamento Endoscópico do Cisto Pilonidal

Cistos pilonidais ocorrem na região entre os glúteos, em geral pouco acima do ânus. Também chamados cistos sacrococcígeos por sua relação anatômica com o sacro e o cóccix, situam-se entre a pele que recobre estes ossos e o sacro.

Diversas teorias acerca do surgimento de um cisto pilonidal foram propostas. Atualmente, a mais aceita é a da “inversão pilosa”, onde pelos da região seriam incluídos através da pele, formando uma reação a corpo estranho pelo organismo. Assim, os pelos são encapsulados por tecido fibroso, ou seja, tecido cicatricial.

Os portadores dos cistos pilonidais podem passar longos períodos sem sequer percebê-los, especialmente em pacientes do sexo masculino, que costumam ter mais pelos. No entanto, eventualmente pode ocorrer uma infecção do cisto pela flora bacteriana de pele.

Nestes casos, forma-se o abscesso sacrococcígeo, que pode necessitar drenagem cirúrgica em sua fase aguda.

Cistos pilonidais só podem ser definitivamente tratados por cirurgia. Diversas são as técnicas empregadas. Dentre elas, a mais comumente indicada consiste na abertura completa do cisto e no seu “destelhamento” (unroofing), ou seja, a remoção da pele que recobre o cisto.

Ele é então raspado, são removidos completamente os pelos e a ferida é deixada aberta, para cicatrização por segunda intenção – termo que utilizamos para feridas que não podem ser suturadas.

Em 2011 foi publicado por Meinero e Mori, na revista europeia Techniques in Coloproctology, a técnica do tratamento endoscópico do cisto pilonidal, também chamada de EPSiT.

Esta técnica é uma aplicação natural do VAAFT, desenvolvido para o tratamento das fistulas perianais, ao tratamento do cisto pilonidal.

A técnica consiste na introdução do fistuloscópio de Meinero, um delgado instrumento ótico conectado a uma microcâmera, que possibilita iluminar e visualizar o cisto internamente.

O fistuloscópio permite ainda a passagem de instrumentos cirúrgicos, como um eletrocautério, pinças e escovas. Desta forma, é possível promover a limpeza de todo o conteúdo do cisto e a cauterização de suas paredes sem que uma abertura seja necessária.

Como toda cirurgia minimamente invasiva, apresenta como vantagens uma mais rápida recuperação, menos dor no pós-operatório, retorno precoce às atividades cotidianas e cicatrização mais rápida.

Os resultados são promissores. Recentemente, em artigo publicado na revista inglesa Colorectal Disease em março de 2016 por Meinero e colaboradores, um estudo prospectivo e multicêntrico em que 250 pacientes foram acompanhados após realização de EPSiT, demonstrou cicatrização completa e sem recorrências em 94,8% dos casos.

Houve também excelentes resultados quanto à avaliação de melhora nos escores de qualidade de vida. São aguardados estudos prospectivos e randomizados, comparando o EPSiT às técnicas convencionais.

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